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segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Opa!

Eu sei que já passou o fogo do Avatar e tudo o mais e esse texto estava guardado aqui há um ano. Eu escrevi quando estava exatamente fazendo uma matéria sobre Avatar e me deu um "5 minutos" típico de quem vai largar o curso de Jornalismo pra ser, bom, sei-lá-o-que-da-vida. E olha esse título brega, meu deus, às vezes acho que fiz a melhor coisa largando o curso mesmo. haha

(Glauco)

Cuidado com o disco voador!

Estamos entrando na segunda década dos anos 2000 e ainda vejo pessoas se deslumbrando com a terceira dimensão nos cinemas. E não só a terceira dimensão, mas o tema que a fez explodir diante dos nossos olhos como a maior inovação cinematográfica dos últimos tempos, baby! Por mais engraçado que pareça, ainda é a ficção científica, gênero que abusa da imaginação e da previsão de um futuro ora distante, outras vezes nem tanto. Se buscarmos no acervo de filmes desse gênero, encontraremos a década de 2010 descrita como um futuro outrora distante (mas nem tanto) que hoje está aí, e não tem nada a ver com as previsões. Ainda não conhecemos seres de outras origens que não a terráquea, ainda não temos pequenas naves que nos ponham livres dos congestionamentos terrestres das grandes cidades. Por sorte, também não empregamos robôs que se assemelham a figura humana e, mesmo sem sentimentos, querem nos dominar. E mesmo com tantas mudanças, tantos novos ideais e realidades, as previsões continuam as mesmas. Falando sobre alienígenas, todos ainda temos certo preconceito diante daqueles que acreditam fielmente na sua existência, mas todos também adoramos filmes que os trazem pra perto de nós, como num primeiro contato com aqueles seres. Sempre aquela mesma mesmice boba de se exclamar “OH! Olha ali os E.T.’s verdes, magrelos e bizarros!”. Aí eu paro e penso, que depois de décadas de ficção (e estudo) científica, essa mesma bobagem não nos sai da cabeça. Engraçado, não? Pior é o escape que damos a isso – o de fazer arte. A sétima arte: onde qualquer absurdo é bem aceito. E não se torna mais nonsense ainda se eu disser que arte é auto-expressão? No nosso desejo mais íntimo nos sentimos solitários, mas ao mesmo temos medo de encontrar algo que nos tire a nossa (possivelmente ilusória) supremacia nesse gigantesco universo. Aí, procuramos a vida extraterrestre na ficção, e fugimos da realidade científica que diz ser não apenas possível, mas muito provável, que exista vida em outra ponta, meio-esquerda ou direita, do universo. São contradições humanas, tão comuns na ficção, tão mal-aceitas na realidade. E esse é o ser que reina absoluto sobre todas as galáxias imaginárias do nosso universo real.

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